
O Centro de Biologia Molecular e Engenharia Genética (CBMEG) da UNICAMP, pioneiro na área de Biologia Molecular no país, foi criado foi criado em outubro de 1986 por iniciativa de um grupo de professores dos Departamentos de Genética do Instituto de Biologia (IB) e Genética Médica da Faculdade de Ciências Médicas (FCM).
Originalmente, o CBMEG foi estruturado para abrigar laboratórios de Biologia Molecular com pesquisas voltadas para quatro subáreas principais da Genética: Plantas, Microrganismos, Animal e Humana. Durante os mais de trinta anos de existência, os laboratórios individuais expandiram seus campos de atuação e hoje o CBMEG conta também com a área de biologia de sistemas, biocombustíveis de segunda geração, biologia celular, estrutural e química medicinal.
LINHA DO TEMPO
Veja datas e marcos de relevância na história de mais de 30 anos do CBMEG.
O conteúdo completo da linha do tempo pode ser lido no website Exposição Unicamp.
É criado pela Portaria GR 388/1986, de 13 de outubro de 1986, o Centro de Engenharia Genética (que se utilizou da sigla CBMEG) graças à iniciativa de um grupo de professores do Departamento de Genética do Instituto de Biologia e Genética Médica da Faculdade de Ciências Médicas (FCM). A motivação para a criação do CBMEG foi a necessidade da implantação da área de Biologia Molecular, até então praticamente inexistente na Unicamp.
Unicamp integra o Programa Probio (Programa Integrado de Pesquisas em Biotecnologia) e o Centro de Biologia Molecular e Engenharia Genética (CBMEG) marcou presença para definir as linhas dos projetos e a administração dos recursos.
O Centro de Biologia Molecular e Engenharia Genética (CBMEG) é estruturado para abrigar laboratórios de Biologia Molecular com pesquisas voltadas para quatro subáreas principais da Genética: plantas, microrganismos, animal e humana.
Unicamp coordena sequenciamento genético da Xyllela fastidiosa sob a coordenação do Centro de Biologia Molecular e Engenharia Genética (CBMEG).
Paulo Arruda, então coordenador do Centro de Biologia Molecular e Engenharia Genética (CBMEG), afirma que é consenso entre os coordenadores do projeto Genoma criar uma rede de laboratórios de sequenciamento genético no Estado de São Paulo.
Pesquisa liderada pelo professor Adilson Leite pode ser uma alternativa para crianças com déficit do hormônio do crescimento humano, pois este pode ser produzido a partir de sementes de tabaco e milho.
Sequenciamento genético completo da Xyllela fastidiosa, agente causador de doenças vegetais, contou com a colaboração do Centro de Biologia Molecular e Engenharia Genética (CBMEG).
Adilson Leite traz nova perspectiva para a produção do hormônio do crescimento humano (hGH): o milho, cereal que leva o gene humano, será produzido em escala industrial.
A substância, que no mercado custa cerca de US$ 20 milhões o quilo, está sendo obtida a partir de sementes de milho geneticamente modificadas. Pelos cálculos de Leite, dentro de aproximadamente um ano o cereal, transformado com os recursos da engenharia genética numa biofábrica de interesse farmacêutico, já estará sendo produzido em escala industrial. Ainda não há previsão de quando esse hGH será usado comercialmente, uma vez que as conversações com a iniciativa privada estão em andamento.
Pesquisa que busca o melhoramento genético de variedades mais resistentes de café e cana-de-açúcar motivou uma parceria entre o Centro de Biologia Molecular e Engenharia Genética (CBMEG), o Instituto Agronômico de Campinas (IAC) e a Cooperativa dos Produtores de Cana, Açúcar e Álcool do Estado de São Paulo (Copersucar).
Pesquisadores da Unicamp identificaram mutação no gene que deflagra o processo de diferenciação sexual. A descoberta de uma mutação altamente específica no gene SRY, aquele que dispara o processo de diferenciação sexual nos embriões humanos, abriu um universo inesperado de pesquisas e provocou mais perguntas do que respostas entre pesquisadores da área de genética. A professora Maricilda Palandi de Mello, coordenadora do Laboratório de Genética Humana do Centro de Biologia Molecular e Engenharia Genética (CBMEG) foi uma das responsáveis pela pesquisa que levou à descoberta da mutação.
Estudos desenvolvidos por pesquisadores do Centro de Biologia Molecular e Engenharia Genética (CBMEG) procuram desvendar aspectos relacionados à surdez de origem genética que possibilitem diagnósticos mais precisos e precoces da perda de audição.
Pela primeira vez no mundo, pesquisadores do Centro de Biologia Molecular e Engenharia Genética (CBMEG) desenvolveram um mapa genético molecular para seringueira composto inteiramente por marcadores microssatélites, que permitem conhecer as diferenças genéticas entre os indivíduos de uma mesma espécie. Por meio de uma análise genética inovadora, foi possível localizar no mapa regiões do DNA que contêm genes responsáveis pelo crescimento da seringueira no inverno (frio e seco) e verão (quente e úmido).
Pesquisa revela a diversidade genética de giárdias nas águas da cidade de Campinas. O pesquisador Maurício Durigan, do Centro de Biologia Molecular e Engenharia Genética (CBMEG), é o principal autor de artigo sobre o assunto publicado no periódico internacional PLoS ONE. A descoberta chama atenção para o fato de que a contaminação das águas é um problema que precisa ser tratado em escala metropolitana, regional ou estadual, e não apenas municipal.
Em 2000, o grupo liderado pela professora da Unicamp Ana Maria Lima de Azeredo Espin foi o primeiro no país a sequenciar o DNA mitocondrial (encontrado no interior da mitocôndria) de uma espécie de inseto: a mosca-da-bicheira (Cochliomyia hominivorax), considerada uma das mais nocivas pragas da pecuária na América do Sul. Após 16 anos, a docente e sua equipe conseguem, pela primeira vez, sequenciar o DNA mitocondrial completo de diversas espécies do grupo Schizophora, que inclui 78 famílias da ordem Diptera (moscas e mosquitos), entre elas a mosca-varejeira (Chrysomya megacephala), a mosca-doméstica (Musca domestica), a mosca-das-frutas (Drosophila melanogaster) e a própria mosca-da-bicheira.
CBMEG credenciou o Centros de Química Medicinal – CQMED como uma Unidade EMBRAPII Fármacos/Biofármacos para a descoberta de medicamentos e diagnósticos em parceria com empresas farmacêuticas brasileiras. Os projetos focam no desenvolvimento de sondas químicas e diagnósticos baseados em proteínas associadas ao câncer e doenças infecciosas. A EMBRAPII apoia parcerias público-privadas para o desenvolvimento de projetos em laboratórios da indústria e universidade.
Em 2018, o CBMEG, por meio do Laboratório de Regulação e Expressão Gênica (LEREG), passou a sediar o Centro de Genômica Aplicada às Mudanças Climáticas – GCCRC, um Centro de Pesquisa em Engenharia da Fapesp, resultado da parceria Embrapa e Unicamp. Sua missão é a criação de ativos biotecnológicos por meio da genômica aplicada à adaptação de cultivos aos estresses associados às mudanças climáticas.
Pesquisadores do Laboratório de Estudos em Genética Humana do CBMEG mostraram que a proporção de pacientes com anemia falciforme difere entre países. Neste estudo foram analisadas as populações do Brasil e dos Estados Unidos. A diferença advém dos diferentes componentes genéticos de origens africana, europeia e ameríndia, bem como de representatividade de regiões geográficas africanas na composição ancestral de cada população. A anemia falciforme é causada por uma mutação genética que provoca a deformação dos glóbulos vermelhos. É predominante na população negra, mas que pode manifestar-se também em brancos.
Pesquisadores do Laboratório de Análise Genética e Molecular do CBMEG identificaram no fungo amazônico Trichoderma harzianum uma enzima capaz de degradar biomassa. Além de caracterizar a molécula, os pesquisadores usaram técnicas de engenharia genética para produzi-la em larga escala, reduzindo custos e viabilizando sua utilização industrial e abre caminho para o maior aproveitamento dos resíduos da cana-de-açúcar na fabricação de biocombustíveis.